Murilo Fagundes de Castro

Introdução: A Tomografia por emissão de pósitrons (PET), acoplada a tomografia computadorizada (CT), é atualmente a mais avançada tecnologia de diagnóstico por imagem. Indicada na avaliação de pacientes com diversas patologias. Promove diagnósticos precoces, identificação de metástase à distância e planejamento terapêutico. Acredita-se que, através de uma assistência de enfermagem qualificada a pacientes que realizam este tipo de exame é possível agregar qualidade a este procedimento ajudando no diagnóstico precoce de doenças.
Objetivo: Descrever a assistência de enfermagem na realização da tomografia por emissão de pósitrons.
Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada a partir da análise de artigos selecionados nas bases de dados on-line SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Utilizou-se como descritores: tomografia, indicação para PET-CT, assistência de enfermagem e enfermagem em oncologia. As buscas foram realizadas durante o período de 2011 a 2012. Após análise dos trabalhos publicados descreveu-se de forma crítica a assistência de enfermagem na realização do exame em estudo.
Resultados: Cabe a assistência de enfermagem a correta orientação e preparo do paciente, tanto na verificação sobre a dieta, jejum, aferição do peso e glicemia capilar, bem como o acesso venoso pérvio em fluxo de solução salina (SF 0,9%) para administração do radiofármaco FDG-F18. Variações de hipo e hiperglicemia podem ser comuns em pacientes com diabetes mellitus, sendo necessário atentar-se para os sintomas como: tremores, ansiedade, sudorese, palidez, palpitações, nervosismo e confusão mental. Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo-1, podem apresentar hipoglicemia com facilidade. Para pacientes com Diabetes Mellitus Tipo-2, quando necessário é importante a administração de insulina, e em todos os casos quando os níveis glicêmicos atingirem valores acima de 160 mg/dl. Valores glicêmicos elevados podem interferir na captação do FDG-F18 e elevar o acúmulo deste em regiões como: coração, músculo esquelético e fígado, dificultando a detecção de lesões. Também fazem parte do preparo do paciente, a orientação sobre o uso de vestimentas leves, retirada de objetos metálicos e eliminação de conteúdo urinário em bexiga antes do exame, assim como o correto posicionamento do paciente ao aparelho, a orientação para evitar-se movimentos durante aquisição das imagens e a realização de apneia ou manutenção da respiração padrão. O apoio emocional também é importante nesta etapa da assistência, visto a fragilidade psicológica de pacientes com tratamento oncológico em curso.
Conclusão: A PET/CT tornou-se uma ferramenta chave, principalmente na oncologia, devido a alta capacidade e sensibilidade deste método em identificar e rastrear neoplasias. A equipe de enfermagem desempenha importante papel na orientação e acompanhamento do paciente podendo contribuir de forma significativa na qualidade e realização deste exame. A meta da enfermagem é manter o paciente na melhor condição possível para realização do exame, prestando uma assistência humanizada e qualificada.