Relação do polimorfismo do receptor beta-1 adrenérgico com I123-MIBG cardíaco em pacientes tratados com carvedilol

XXVI Congreso Brasileño de Medicina Nuclear 11 de octubre al 14 de octubre de 2012 Salvador de Bahía, Brasil
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Fundamento: Estudos em pacientes com insuficiência cardíaca sistólica têm demostrado que a presença da variante Ser49Gly está relacionada a melhor sobrevida em 5 anos e redução da mortalidade com o uso de baixas doses de beta-bloqueadores. No entanto, ainda é desconhecido a influência do polimorfismo Ser49Gly do receptor beta1 na ativação adrenérgica cardíaca.

Objetivo: Avaliar a relação da ativação adrenérgica cardíaca, por cintilografia com I123MIBG, antes e após terapia com carvedilol, com o polimorfismo Ser49Gly do receptor beta-1 adrenérgico. Metodologia: Estudo longitudinal, prospectivo, em pacientes admitidos no ambulatório de cardiologia do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) entre julho de 2006 e março de 2008.

Critérios de inclusão: presença de IC classe I-IV (NYHA), com idade 30 a 80 anos, FE  45% (Simpson), confirmada por ventriculografia radioisotópica, sem tratamento prévio com beta-bloqueador. Foram realizados cintilografia miocárdica com I123-MIBG e avaliação genotípica. Seguimento clínico por 3 meses. Reavaliação cintilográfica após 3 meses.

Resultados: Foram incluídos 28 pacientes, 18 do sexo masculino (64 %), média de idade de 57,5 anos. Dez (35,7%) estavam em classe II (NYHA) e 18 (64,3%) em classe III. Na admissão, FE média foi 28%. Em relação ao perfil genotípico, 12 pacientes eram homozigotos Ser49Ser e 16 pacientes apresentavam a variante Gly49. O grupo da variante Gly49A apresentou maior resposta da taxa de washout após 3 meses em relação a taxa pré-tratamento (Gly49: -10% vs. Ser49Ser: +28%; p=0,038). Não houve diferença de resposta entre grupos relativa à relação coração/ mediastino precoce e tardia.

Conclusão: A presença do polimorfismo Ser49Gly do receptor beta-1 esteve associada a uma melhor resposta autonômica ao tratamento com carvedilol.

Instituição: Setor de Medicina Nuclear, Hosp. Univ Antônio Pedro, UFF, Niterói ,RJ; Hosp Pró-cardíaco, RJ