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Análise dos resíduos de atividade na radiosinoviortese com HA-Sm153

Introdução

Na administração de radionuclídeos para propósitos terapêuticos, as diferenças entre a atividade do radiofármaco prescrita pelo médico e aquela de fato injetada, podem acarretar aumento dos custos do tratamento e diminuir sua efetividade. Essas discrepâncias ocorrem por diversos fatores. Dentre eles, destacam-se as múltiplas manipulações do radiofármaco, o tempo de fracionamento e aplicação, além da variação da atividade associada com o sistema de medição (calibrador de dose)(1).

A radiosinoviortese (RSV) consiste na injeção de um radiofármaco (RF) dentro da cavidade articular, de modo que entre em contato com a membrana sinovial. As células fagocíticas presentes na superfície sinovial rapidamente absorvem parte da radioatividade injetada na cavidade. Durante o decaimento radioativo do radionuclídeo, é liberada uma dose terapêutica no tecido sinovial, o qual será destruído(2)(3).

O método foi inicialmente introduzido para o tratamento da artrite reumatoide (AR) na década de 1960(4). A RSV é utilizada na AR, quando ocorre falha do tratamento clínico. Na hemofilia, a RSV é indicada para pacientes com hemartroses recorrentes, não controladas com a administração de fatores de coagulação(5).Diferentes autores relataram a efetividade na RSV, medida principalmente pela redução do número de hermartrose de 56-87 %(5) e 61,2-67,6 %(6), motivo pela qual é considerada por muitos autores a melhor alternativa(7)(8).

O objetivo deste trabalho foi realizar a análise dos resíduos dos RF nos dispositivos de aplicação utilizados na RSV em pacientes com hemofilia, no Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/ UFRJ).